A fotografia sempre esteve presente em casa desde que eu era baby, então acho que podemos começar a história daí. Minha mãe tinha uma câmera, dessas antigas, analógicas, de filme ainda, e ela sempre registrou os momentos da família, os aniversários, nossa infância, minha e da minha irmã. Eu lembro que uma vez, eu era bem pequena, a gente estava na praia, e foi a primeira vez que eu fui à praia e a primeira vez que ela deixou eu tirar uma foto com a câmera. Foi uma foto assim, da paisagem, o mar, os prédios atrás; lembro de alguém falando que eu estava cortando o mar, pra enquadrar certinho a cena kkkkk. Eu achei aquilo o máximo, como podia uma coisa ser tão legal. Hoje essa foto existe só na minha lembrança, era o final do rolo de filme, e como de costume; acabou queimando o fim do rolo, e ela não foi revelada na época.

Será que esse foi o começo dessa história? Não sei, eu destravei essa memória não faz muito tempo. O fato é que bem mais velha, eu ganhei uma camerazinha digital, dessas extintas hoje em dia, e eu era um inferno com ela na mão kkkkk. Foto de tudo, o tempo todo, não deixa ninguém em paz. Fazia altos ensaios da minha irmã, só relíquia kkkk. Compartilhei algumas dessas num reels do insta; pra vocês rirem.
Então, conforme o tempo foi passando, eu descobri que fotografia podia ser uma profissão, e cá estamos nós, hoje. Obviamente que muitas coisas aconteceram entre a minha descoberta e eu realmente começar a trabalhar com ela, por agora, cabe dizer que foi a opção que eu nunca abandonei e a que eu realmente acredito fazer sentido na minha vida hoje.
Pois bem, agora que ser fotógrafa era uma alternativa, passei tempos pesquisando e estudando como fazer isso acontecer. Aprendi muito do que eu sei hoje, conciliando a escola e meus estudos online sobre fotografia. Como na época não era uma realidade eu comprar uma câmera profissional, é bem carro, então sempre foquei no que eu podia fazer no momento, que era estudar a teoria e continuei tirando foto de tudo com o celular.
Era engraçado, passei uns bons anos, só maquinando na cabeça os lugares, as luzes aqui de casa, vendo onde o sol nascia e tudo mais, eu tinha até uma lista, de onde eu queria testar as fotos quando tivesse a câmera kkkkk, a fanfic toda pronta já!
Também fiz cursos presenciais aqui na cidade com o celular mesmo na época. Um deles foi com a Prof. Renata Gaino.


Foi bem legal o curso, tive duas fotos preferidas dessa época:


Quando terminei o ensino médio, decidi arrumar um emprego, pra ter dinheiro pra comprar os equipamentos, e segui estudando. Tanto a parte mais artística, como composição; direção; teoria das cores, como regular a câmera, os softwares de edição e também a parte de administrar um negócio, inclusive fiz técnico em administração integrado ao médio pra isso. Finalmente consegui a câmera e o notebook e fui pôr em prática os meus estudos. Depois de muito perrengue e tirar muita foto de todo mundo; família, amigos, conhecidos, estou eu aqui vivendo disso.
Nesse meio tempo, durante o processo de formulação artística e do meu negócio fotográfico, eis que estudando, me deparo com dona Rita Von Hunty falando sobre revolução dos afetos, naquele momento peguei meu caderninho e tive a certeza de que o meu trabalho era exatamente sobre aquilo e que estava na hora de colocar em prática. Fui afetada.
Tinha acabado de nascer a proposta por traz das minhas fotos!
Se você leu até aqui e quer saber o resto dessa historia é só seguir pro próximo post daqui do blog. Obrigada pela atenção, espero que goste e se sinta a vontade, caso queira comentar ou compartilhar sua história também! <3